02/08/2011
Qualificar escolas médicas existentes foi avaliação unanime no "Fórum Abertura de Novas Escolas Médicas no Brasil" realizado pelo CRM-TO A preocupação latente do CRM-TO com a abertura de novas faculdades de medicina sem o devido cumprimento dos requisitos legais exigidas pelo MEC incentivou o Conselho a realizar, nos dias 28 e 29, o Fórum Abertura de Novas Escolas Médicas no Brasil, que aconteceu em Palmas. O presidente do CRM-TO, Nemésio Tomasella, avaliou o evento positivamente, e ressaltou que "durante a discussão ficou provado, através de números e dados apresentados pelos palestrantes que não precisamos mais de escolas médicas no Brasil, temos é que qualificar as existentes". Ele acrescentou também, "nossa única crítica é com relação ao não comparecimento das entidades jurídicas do Tocantins que são sempre convidadas e nunca se fazem presentes nos debates, que tratam de assuntos que afetam diretamente a sociedade", finalizou Tomasella. Compôs a mesa de debate do evento o secretário executivo do conselho estadual de educação, Paulo Fernando Mourão, representando o secretário de educação, Danilo Melo, Mourão falou durante o debate e questionamentos que o conselho autoriza o funcionamento de escolas baseado em princípios de legalidade e moralidade, e que quando o MEC fiscaliza, ele concede prazo as instituições de ensino para que elas se adequem. O vice presidente da Fenam - Federação Nacional dos Médicos, Eduardo Santana, disse durante explanação que o desejo das entidades médicas é que a imensa maioria dos médicos saim das faculdades bem formados, "mas o que vemos é a mercantilização do ensino médico nesse país", considerou Santana. Já o conselheiro federal e presidente da comissão de educação médica do CFM, Dalvélio Madruga, mostrou em sua apresentação que há uma tendência de privatização das escolas médicas no Brasil, antes eram apenas públicas hoje a maioria são privadas. "Então é necessidade ou oportunismo? Temos que primar pela qualidade não pela quantidade", ressaltou Madruga O médico, Hélio Maués, presente no fórum como representante o sindicato dos médicos também alertou para o problema da qualidade do ensino médico, "o profissional mal formado a vítima será o paciente". Dados O Brasil é o segundo país do mundo com mais escolas médicas: são cerca de 180 escolas, oferecendo aproximadamente 15.969 vagas por ano. Cerca de 57 funcionam sem o devido reconhecimento do MEC. No Tocantins são quatro escolas médicas, segundo o coordenador do curso de medicina da UFT, Itágores Hoffman I, o estado com o maior números de vagas em medicina por habitante é o Tocantins, "o nosso estado ganha proporcionalmente até do Rio de Janeiro", afirmou Hoffman. |