23/01/2010
Mais médicos se formam em RP
Vantagem masculina é de apenas um formando nas três universidades da cidade
Enquanto no ano passado, segundo o Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), em todas as faculdades e universidades paulistas formaram-se mais médicas (54%) do que médicos (46%), em Ribeirão Preto os homens ainda estão na frente, por uma vantagem mínima de apenas um médico. Em 2009, graduaram-se nos três cursos de Medicina da cidade 133 médicos contra 132 médicas.
A ligeira vantagem masculina é puxada pela Faculdade de Medicina da USP. Em 2009, graduaram-se pela universidade pública 86 médicos. Desse total, 58 (67%) eram homens e 28 mulheres (33%). Nas outras duas universidades, que são particulares, a vantagem é feminina.
Por outro lado, o cargo mais importante da Associação dos Médicos Residentes do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto — entidade vinculada a USP e que tem 480 associados — é ocupado por uma mulher. No posto desde fevereiro de 2009, Júlia Barban Morelli, 28 anos, faz residência em Medicina da Família e Comunidade. Na sua opinião, as mulheres estão provando que podem exercer a Medicina tão bem quanto os homens.
No Centro Universitário Barão de Mauá, em 2009, graduaram-se na profissão 35 mulheres (67%) contra 17 (33%) homens. No ano passado, pela Universidade de Ribeirão Preto (Unaerp), se formaram no curso de Medicina 69 (54%) mulheres e 58 homens (46%). Para o coordenador do curso de Medicina da Unaerp, Reinaldo Bestetti, a situação de Ribeirão e do Estado em geral reflete uma mudança de perfil da sociedade. “As mulheres estão tendo mais participação em todas as atividades. Mais mulheres na Medicina é apenas reflexo desse mudança”