Escolas Médicas do Brasil

MEC analisa abertura de dez novos cursos de medicina no Paraná

 16/09/2006

15/09/2006

O Ministério da Educação e o Conselho Nacional de Educação estão analisando a abertura de dez faculdades de Medicina no Paraná. Se aprovadas as propostas, os cursos serão inaugurados no câmpus da Universidade Federal do Paraná (UFPR) em Paranaguá, Palotina ou Toledo, em São José dos Pinhais, Umuarama, Guarapuava, Apucarana, Pato Branco, Londrina e Arapongas, além da reabertura do curso na Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG).

Outros 51 projetos em mais sete estados do país estão sendo analisados. Dessa forma, o Brasil pode elevar de 157 para 218 o número de faculdades de Medicina nos próximos cinco anos. Se aprovados, as vagas para estudantes de Medicina saltarão de 14 mil para 20 mil por ano. São Paulo lidera a lista com 23 novos cursos, seguido de Paraná e Rio de Janeiro, com 10 cada.

Polêmica

Segundo o jornal, no Paraná, o número de faculdades mais do que dobraria. Na opinião do otorrino Antônio Celso Nunes Nassif, quatro vezes presidente da Associação Médica Brasileira (AMB), "é um atentado contra o ensino médico". Para Nassif, existe um movimento político agitando várias cidades para criar cursos de Medicina, seguindo critérios políticos e econômicos. Dos existentes hoje, 57% são particulares. "É uma afronta aos médicos e ao ensino da profissão, pois não oferecem a inafastável garantia de qualidade", acusa.

O otorrino lembra que de 2000 para cáforam criados 58 novos cursos de Medicina. O motivo seria a liberalidade dos estados e municípios de poderem decidir, desde 1997, sobre a criação de escolas de Medicina e outras na área da saúde. Até 1994, quem jugava a necessidade social era o Conselho Nacional de Saúde (CNS), com critérios técnicos, depois o poder passou para o Ministério da Educação e há nove anos para os estados e municípios.

Pelos critérios da Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil tem mais médicos do que o necessário. Enquanto a OMS recomenda um médico para cada grupo de mil habitantes, a média nacional é de um para cada 586 pessoas. [Gazeta do Povo]


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