28/09/2012
No abaixo-assinado, os estudantes afirmam que o exame não melhorará a educação médica nem a saúde no País. "A prova do Cremesp não é a vacina tetravalente que erradicará em uma única dose e com suas questões de múltipla escolha a deficiência da educação médica, o número de erros médicos, a abertura irracional de novas escolas médicas e o impedimento da entrada de médicos estrangeiros mal qualificados no país", critica o documento. "A prova nada garantirá aos reprovados, a não ser taxá-los pelos problemas de um processo de seis anos de déficit", continua.
Segundo os estudantes, a prova será prejudicial aos currículos, "que passarão a seguir menos as diretrizes curriculares do MEC (Ministério da Educação) e mais os macetes para sua aprovação". O abaixo-assinado diz, ainda, que em vez de centralizar o problema no estudante, seria necessário reavaliar os currículos e a estrutura universitária, e pede uma avaliação continuada e que "garanta infraestrutura material e humana adequadas".
Conforme informado pelo Cremesp em julho, a iniciativa de tornar obrigatória a participação em um exame de final de curso foi tomada em decorrência da queda acentuada na qualidade do ensino médico. Os exames opcionais realizados pelo conselho nos últimos sete anos revelaram que quase metade dos graduandos saem das escolas despreparados, sem condições de exercer a medicina.