09/11/2013
“ Como estamos todos inseridos num inarredável sistema, a mudança de um fator afeta todos os demais fatores sistêmicos. Por isso, cada um é importante. Por ele pode passar a energia da grande mudança. Todos somos cada um. Todos, então, contamos e somos imprescindíveis.”
( Leonardo Boff)
O desejo de encontrar uma saída em meio a esse turbilhão de conflitos e desafios é a única forma de sairmos ilesos do processo de desmoralização que, todos nós médico e estudantes de medicina estamos passando pelos fatos eleitorais recentemente promovidos pelo governo federal com o programa “Mais Médicos” e do veto sobre o Ato Médico.
As mudanças exigidas são formidáveis, mas não impossíveis. Importa fazer como a célula: ela está em contínua interação com as outras, intercambia informações e troca energias para viver e se desenvolver. Assim, cada médico e estudante de medicina conscientes são desafiados a fazer a sua revolução molecular, lá onde se encontram.
Todos são importantes e devem ser escutados e estimulados a participar nesta reflexão: médicos, estudantes, enfermeiros, fisioterapeutas, assistentes sociais, dentistas e pacientes.
Para se atingir esse desiderato é fundamental e tenho nítida convicção de que é preciso agregar o que foi desagregado, unir o que foi desunido, imantar os corações novamente para ações positivas, humanas e agregadoras entre todas as pessoas de boa vontade e sérias que trabalham éticamente com os pacientes nos postos de saúde, ambulatórios e hospitais.
É preciso, novamente, se estabelecer uma nova ordem social, cultivar o vínculo e a relação médico-paciente com responsabilidade social.
As crises são purificadoras, e do caos pode surgir uma nova ordem, mais alta e integradora para toda a categoria médica.
João Carlos Simões
Professor Titular do curso de Medicina da FEPAR