Macloys Aquino Da editoria de Cidades
Goiás pode ter mais três universidades federais e mais um curso de Medicina. Durante reunião em Brasília ontem, o senador Marconi Perillo pediu autorização ao ministro da Educação, Fernando Haddad, para criar o curso de Medicina da UniEvangélica, em Anápolis. O senador aproveitou o encontro para manifestar a intenção de criar mais três unidades federais no Estado: incrementar os campi da UFG de Jataí e Catalão (que passariam a ser autônomos), além da construção de uma nova instituição no norte do Estado, em local ainda não definido. Marconi falou também sobre a necessidade de criação de um centro de educação tecnológica em Porangatu.
O senador traçou um rápido histórico dos investimentos em educação em Goiás durante os oito anos em que foi governador. Segundo ele, o Estado investiu R$ 80 milhões só na estrutura da UFG em Goiás nos dois mandatos. Participaram da reunião com Haddad os deputados federais Leonardo Vilela, Roberto Balestra, Sandes Júnior, Raquel Teixeira, Luiz Bittencourt e Carlos Alberto Leréia; além do primeiro suplente de senador, o empresário Cyro Miranda; e os dirigentes da UniEvangélica, Munir Naoun e Carlos Mendes.
Durante o encontro, para enfatizar a necessidade de investimento federal no Ensino Superior em Goiás, Marconi telefonou do celular para o governador Alcides Rodrigues e pediu para que ele conversasse com o ministro. Alcides reforçou a necessidade durante rápida conversa com Fernando Haddad. O ministro se interessou pelas idéias dos goianos e prometeu providências. Não há previsão ainda para início do processo de instalação de novas universidades federais em Goiás.
A secretária de Estado da Educação, professora Milca Severino, que também é ex-reitora da UFG, disse que Goiás merece esta atenção. Para ela, não há justificativas no fato de o Estado contar apenas com dois centros federais de educação, a UFG e o Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet), enquanto que outros Estados da federação contam com até 10 unidades, a exemplo de Minas Gerais. “Qualquer iniciativa para melhorar as condições de acesso ao ensino público são bem-vindas. É um gesto louvável do senador e do governador”, disse, por telefone.
No primeiro semestre de 2005, o então ministro da Educação, Tarso Genro, apresentou projeto de distribuição de 21 novos campi de universidades federais a serem abertos em todo Brasil em 2006. Goiás, que já naquele projeto ganharia extensão dos campi de Catalão e Jataí, não foi contemplado. Para a secretária Milca Severino não há outro motivo para a não-viabilização do projeto a não ser a falta de recursos voltados para educação.
A maior parte das unidades que seriam criadas pelo projeto federal se concentrava no Nordeste do País. Seriam nove extensões no interior dos Estados da Bahia, Pernambuco, Paraíba, Alagoas, Ceará e Piauí. Três no Amazonas, duas no Rio Grande do Sul e quatro no sudeste brasileiro, além de um novo curso de Medicina em Diadema (SP).
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