Escolas Médicas do Brasil

ENADE 2007 - Curso da UFMT está entre os melhores

 30/04/2008

MEDICINA


Curso da UFMT está entre os melhores

Faculdade da federal do Estado teve nota máxima, assim como outras 5 no país, no Enade e IDD, parâmetros utilizados pelo MEC para avaliar qualidade


Coordenador do curso vê vantagens em relação aos demais, como menor quantidade de alunos por turma
Da Reportagem

O curso de Medicina da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) está entre as seis faculdades das 103 existentes no país que obtiveram nota máxima nos quesitos avaliados pelo Ministério da Educação para pontuar a qualidade do ensino. O curso tirou nota 5 no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) e no Indicador de diferença entre os Desempenhos Observado e Esperado (IDD), conforme divulgou ontem o Ministério.

As demais faculdades com notas máximas pertencem às federais do Rio Grande do Sul, de Goiás, de Ciências da Saúde de Porto Alegre, de Santa Maria e do Piauí.

O Ministério da Educação iniciou com as faculdades de Medicina o que já realizou com os cursos de Direito e submete, neste momento, os de Pedagogia de todo o país: a supervisão da qualidade das faculdades. Segundo o ministro da Educação, Fernando Haddad, a intenção não é inibir a expansão do ensino superior no Brasil, mas garantir que a expansão tenha qualidade compatível com as funções exercidas pelos profissionais.

Neste contexto, são ao todo 17 cursos de Medicina com conceitos 1 ou 2 nas duas avaliações (Enade e IDD), ou seja, apresentaram resultado insatisfatório no país. Dentre eles, nenhum do Estado. As faculdades terão de oferecer diagnóstico sobre o desempenho, com medidas para sanar as deficiências identificadas. “Queremos exigir de todos os cursos com indicadores insuficientes as providências necessárias para a garantia da qualidade do ensino”, frisou o ministro.

O coordenador do curso da UFMT, professor Antônio José de Amorim, remeteu o desempenho da faculdade a um conjunto de fatores. Ele enumerou a quantidade de apenas 40 alunos por sala, o fato dos professores serem pós-graduados e a maioria com dedicação exclusiva ao curso, a oportunidade de aprendizado no Hospital Universitário Júlio Muller e no internato de dois meses e meio em cidades do interior e, por fim, a seleção inicial dos alunos que entram para a faculdade.

“Não há dúvida que isso é uma das coisas, que não é só aqui, mas em todo o país. Os cursos de Medicina são mais elitizados, passam alunos que estudaram em melhores escolas, que têm um nível social mais elevado e, por isso, podem comprar livros, têm acesso a computadores e podem investir mais no curso”, finalizou.



 


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