01/05/2008
A coordenadora do Colegiado de Medicina da UEL, Evelin Ogatta Muraguchi, afirma que o baixo desempenho dos alunos de Medicina no Enade de 2007 não coloca o curso entre os piores do país. “Somos considerados de excelência em outras avaliações e nossa metodologia é exemplo para todo o país. O que houve foi um grande boicote por parte dos alunos na prova aplicada pelo MEC. Estamos entrando com um recurso junto ao Enade”, diz.
A supervisão a ser feita pelo Ministério será parecida a que ocorre com os cursos de Pedagogia e Direito. As faculdades recebem uma notificação inicial do MEC e têm dez dias para explicar o mau desempenho. Depois disso, uma comissão da Secretaria de Ensino Superior do ministério pode fazer vistorias e sugerir medidas a serem tomadas para os cursos. Quem não cumprir as metas, pode perder temporariamente a prerrogativa de autonomia e até ter o reconhecimento do curso cassado.
Os estudantes de Medicina da Universidade Estadual de Maringá (UEM), também de gestão estadual, obtiveram as melhores notas do Paraná. Duas faculdades privadas do estado (PUC-PR e Evangélica) obtiveram o mesmo conceito da UEM: 4 no Enade e 4 no IDD.
Na UEM, apesar da notícia do 1º lugar no estado, não há só comemoração. O Hospital Universitário de Maringá vive uma crise contínua que dura mais de dois anos, com fila de espera para cirurgia, déficit de médicos e pacientes internados improvisados em macas nos corredores. “Foi uma grata surpresa sermos escolhidos como o melhor curso de Medicina do Paraná”, declarou o professor de Nefrologia e chefe do departamento, Sergio Yamada, 45 anos. “Se o HU não tivesse esses problemas, imagine como seria o nosso conceito então?”, diz.