Escolas Médicas do Brasil

Faculdades privadas e MEC debatem avaliações

 01/07/2008

Faculdades privadas e MEC debatem avaliações

Análise do ministério determinou o fechamento de cursos de Direito e Medicina

 
De: Agência Brasil
 
 

Membros de associações que representam instituições privadas de ensino superior reuniram-se hoje (2) com o ministro da Educação, Fernando Haddad, e o secretário de Ensino Superior, Ronaldo Mota. Na pauta de discussões esteve a avaliação e a regulamentação do setor. Recentemente, o Ministério da Educação (MEC) intensificou a fiscalização de cursos de medicina e determinou o fechamento de faculdades de direito.

Para o presidente da Associação Nacional das Universidades Particulares (Anup), Abib Cury, o encontro foi positivo e serviu para aprofundar o debate sobre os critérios de avaliação dos cursos superiores.

“Nós queremos avaliação, ela é necessária, mas é preciso que seja feita de comum acordo para que não haja excessos de ambas as partes”, afirmou Cury.

Em manifesto divulgado hoje na página da associação na internet, as entidades criticam a utilização dos resultados do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) como único indicador de qualidade porque “quebra a visão sistêmica da avaliação”.

Cury ressaltou que as instituições privadas e o MEC trabalharão juntos, com reuniões mensais. “A gente quer ser um parceiro para melhorar essas avaliações. O MEC regula, mas para nós a regulação estava sendo difícil de ser aplicada e de entender. Escola ruim deve ser fechada, nós pensamos da mesma forma que eles, mas na hora de regular de cima para baixo eles podem acabar cometendo injustiças”, justificou.

O secretário Mota lembrou que, de acordo com o artigo 209 da Constituição Federal, o ensino no Brasil é livre para a inciativa privada, desde que sejam atendidas as normas e os processos avaliativos e autorizativos feitos pelo poder público.

“A reunião serviu para reafirmar essa posição. Os dois grupos podem ter divergências, mas temos muitos pontos em comum, houve uma boa concordância da necessidade de o poder público cumprir o seu papel ”, avaliou.

 

TAGS