24/07/2008
quinta-feira, 24 de Julho de 2008 | 12:48 | |
O governo vai anunciar hoje a criação de um novo curso de Medicina na Universidade do Algarve que deverá arrancar já no ano lectivo de 2009/2010, com cerca de 30 vagas.
O administrador da universidade Lusófona, Manuel Damásio, instituição que deseja a criação de um curso de Medicina, disse hoje à agência Lusa que este pode ser «o primeiro passo para garantir a liberdade de ensinar e aprender também na área da medicina».
Manuel Damásio considera que a criação deste curso é o «reconhecimento» da falta de médicos em Portugal, ao contrário do que dizem os lobbies.
Por esta razão, o administrador do grupo Lusófona voltou a afirmar o interesse da sua universidade em criar um curso de Medicina.
Realçou o direito de os interessados poderem escolher projectos de ensino de medicina entre o sistema público, o privado ou o cooperativo.
«Se o Estado não garantir essa possibilidade de escolha está a violar a constituição», referiu, acrescentando: «deve haver diversidade, não deve exclusivos e monopólios».
Manuel Damásio considerou no entanto uma «boa medida» a criação deste curso, «no sentido em que vem melhorar a ultrapassar os problemas do sector, nomeadamente da falta de médicos».
«O país está carenciado na área da Saúde e da Medicina. Tudo o que vem ao encontro disso é de louvar. Parabéns ao ministro e ao governo por terem tomado esta medida», esclareceu.
O novo curso de Medicina da Universidade do Algarve, que será hoje apresentado, será o primeiro a destinar-se exclusivamente a alunos «já licenciados numa das ciências relacionadas com a saúde».
O governo aprovou em 2007 um regime especial de acesso aos cursos de Medicina para pessoas já licenciadas em áreas da saúde de forma a permitir a realização do curso em menos tempo.