Faculdade de Ciências Médicas/Divulgação |  | Projeto prevê complexo com ambulatórios, cursos de graduação, hospital-escola, ambulatório e centro para tratamento de crianças e adolescentes | A fundação mantenedora da Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais recebeu o terreno para implantação de um câmpus da faculdade em Lagoa Santa, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. A doação da área de 357 mil metros quadrados, no Bairro Veneza, foi feita pelo governo estadual e autorizada pela Assembléia Legislativa do Estado de Minas Gerais. O prazo para conclusão do complexo – que prevê ambulatórios, cursos de graduação e pós-graduação, além de um hospital escola – é de cinco anos.
Para receber o terreno, a Fundação Educacional Lucas Machado (Feluma), que também mantém o Hospital Universitário São José, teve de se comprometer a incluir no projeto um ambulatório de atenção à saúde e educação, dirigido ao público em geral. No espaço, deverá funcionar um centro de hebiatria (destinado ao atendimento a jovens de 10 a 19 anos) e um centro de desenvolvimento de habilidades cognitivas e inclusão escolar, para tratamento de crianças com dificuldades escolares.
Dentro das responsabilidades assumidas pela faculdade também está prevista a construção de um complexo de ensino superior para desenvolvimento da cultura aberto ao público; a destinação de 10% das vagas para bolsas acadêmicas integrais, cujos critérios serão fixados pelo governo do estado e Feluma; e implantação de internato rural e ambulatório de atenção aos dependentes químicos.
O diretor administrativo da Feluma, Flávio Amaral, destaca a importância do novo câmpus para a população da região. “A demanda por emprego é grande, o que causará grande impacto na economia da região. Além disso, muitos moradores serão atendidos pelos ambulatórios e pelo hospital-escola”, afirma. Estima-se a criação de pelo menos 600 novos empregos por causa da construção.
O segundo câmpus da Feluma ampliará de 3 mil para 8 mil o número de estudantes vinculados à instituição de ensino. O campo de atuação da fundação também deverá se modificar: além de cursos de medicina, terapia ocupacional e fisioterapia, planeja-se oferecer graduações tecnológicas, como eletrônica e cursos afins. Os primeiros ambulatórios devem ficar prontos até o fim de 2009.
Maquete e pré-projeto do complexo estão prontos, mas o desafio da fundação para os próximos meses é encontrar alternativas de financiamento. Amaral disse que ainda não há uma estimativa fechada de investimento. A doação ocorre no ano que a Faculdade de Ciências Médicas, que tem a segunda escola de medicina mais antiga de Minas Gerais, completa 55 anos. |