29/01/2009
Lisboa, 28 Jan (Lusa) - A Associação Nacional de Estudantes de Medicina (ANEM), contestou hoje a possibilidade de um eventual regresso de alunos portugueses no estrangeiro às universidades nacionais, uma medida que foi hoje admitida pela ministra da Saúde, Ana Jorge.
"As medidas anunciadas" hoje pela ministra "promovem o regresso de estudantes que, na maioria dos casos, não conseguiram ingressar nas Escolas Médicas do país e que terão uma oportunidade que outros estudantes com classificações superiores de final de ensino não tiveram.", refere a presidente da ANEM, Inês Laíns, em comunicado enviado à Lusa.
A Ministra da Saúde admitiu hoje que a tutela está a ponderar fazer convites a estudantes portugueses de medicina, que se encontram no estrangeiro, para que regressem a Portugal, terminando aqui o curso nas faculdades nacionais.
Estas declarações causaram polémica junto da ANEM, que representa os estudantes de medicina do país.
Inês Laíns recorda que os recursos e condições nas escolas "não são suficientes" e que toda a situação se irá agravar com o regresso desses estudantes.
"Não basta formar médicos em quantidade, é preciso também garantir a sua qualidade técnica, científica e humana", refere o comunicado, subscrito pela dirigente da ANEM.
As medidas adoptadas pela ministra visam de combater a alegada falta de médicos em Portugal, uma situação que a ANEM não reconhece, preferindo contrapor a necessidade de uma "distribuição racional por região e especialidade".
WZF/PJA.
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