09/12/2009
08/12/2009 - 22:36
A advogada de uma aluna de Passos que fez o vestibular para medicina na Univás, em Pouso Alegre, e foi reprovada entrou com um pedido na Justiça para o cancelamento do processo seletivo. A universidade pode ter sido alvo de uma suposta fraude.
“Qual a credibilidade deste vestibular? Não confiamos neste resultado”, diz a advogada Henriette Brigagão. Segundo a advogada, a estudante chegou a ser procurada pelo suposto estelionatário, mas se recusou a pagar pelos resultados. Ela ficou entre os 100 primeiros colocados no vestibular.
Há quase um mês, o advogado Antônio Aparecido Cantareli explicou para a reportagem da EPTV que vendia as respostas da prova por R$ 35 mil e que os resultados seriam repassados pelo celular na hora do exame. Ele disse ainda que tinha o mesmo esquema com as faculdades de Itajubá e Itaúna, na região central do estado. Ao final da conversa, o advogado foi preso em flagrante. No quarto do hotel onde estava hospedado, havia uma agenda com nomes e números de telefones.
Cantareli continua preso preventivamente em Pouso Alegre. A Polícia Civil concluiu o inquérito no dia 24 de novembro, mas não conseguiu identificar quantos e nem quais candidatos supostamente compraram o resultado da prova.
A advogada entrou com uma liminar pedindo a suspensão das matrículas, mas foi negada pela Justiça. Já o processo de cancelamento do vestibular continua em andamento. A assessoria de imprensa da Univás informou que não houve falhas na segurança durante o processo seletivo e por isso confia no resultado das provas. As matrículas para o curso na Univás começaram nesta terça-feira (8) e vão até quarta-feira (9). Na faculdade de medicina de Itajubá, a matrícula foi na semana passada. Na universidade de Itaúna, a matrícula acontece no dia 17 de dezembro.