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Docentes e servidores da Unirg entram em greve

 17/02/2011

Notícias

Terça-feira, 15 de fevereiro de 2011, 09h58m Gurupi

Docentes e servidores da Unirg entram em greve nesta quinta em protesto contra gestores: denúncias incluem venda de vagas

Docentes e servidores da Unirg devem entrar em greve esta semana em protesto contra as denúncias de gestão fraudulenta, de acordo com o comunicado da Assembléia formada por docentes e técnico-administrativos que acompanham as investigações do Ministério Público. A suposta venda de vaga no curso de medicina, suspeita de falsificação de documentos para burlar processo licitatório e acusações de improbidade administrativa são os motivos da greve, segundo o presidente da APUG, Paulo Henrique. Da Redação DivulgaçãoReunião entre docentes e servidores técnico-administrativos da Unirg que decidiram por greve Reunião entre docentes e servidores técnico-administrativos da Unirg que decidiram por greve

Em assembléia conjunta os docentes e servidores técnico-administrativos da Fundação Unirg, diante de questões polêmicas envolvendo a instituição decidiram entrar em greve nesta quinta-feira, 17. Em entrevista ao Site Roberta Tum o presidente da Associação de Professores Universitários de Gurupi - APUG/SSind e relator da greve, Paulo Henrique da Costa Mattos, apontou uma série de irregularidades na gestão da Fundação, incluindo denúncia de favorecimento do escritório de advocacia do presidente da OAB-TO, Ercílio Bezerra, por meio de falsificação de documentos para burlar o processo licitatório.

A Assembléia constituída por professores e técnico-administrativos elaborou um documento que será entregue a Fundação que aponta os motivos da greve programada. Segundo Paulo Henrique, em junho de 2010 foi homologado em sentença judicial com o reajuste salarial de 7,5%, o qual não foi respeitado e os servidores não tiveram aumento.

A Assembléia pede ainda a apuração de todas as denúncias e julgamento dos inquéritos, assim como o aumento concedido judicialmente e não praticado na folha salarial dos servidores. A greve terá início nesta quinta com o apoio da maioria dos estudantes e dos Centros Acadêmicos da Fundação Unirg. Paulo Henrique destacou ainda que o semestre letivo ficará paralisado enquanto não tiverem resposta às reivindicações.

Investigação envolvendo a Unirg

A APUG também está apurando um inquérito criminal de 2007, que investigava a venda de vagas no curso de medicina da Unirg. "O delegado João Batista Veloso do Carmo, titular do 1º Distrito Policial de Gurupi, solicitou prazo de conclusão do inquérito, mas até hoje o processo não foi concluído", explicou o presidente.

Está sendo investigada ainda a acusação de favorecimento do escritório de advocacia do presidente da OAB-TO, Ercílio Bezerra, que teria recebido R$ 1 milhão e 24 mil, mediante contratação de serviços. A APUG tomou conhecimento da investigação do Ministério Público Estadual, que aponta suposta falsificação de documentos para burlar o processo licitatório e dar a concessão a estes advogados.

No documento encaminhado ao Site RT pelo presidente Paulo Henrique consta "que está em andamento um procedimento de investigação criminal contra a Fundação UNIRG, e que os procuradores que acompanham o caso declararam que o parecer e a portaria que dispensaram licitação e autorizaram a contratação dos advogados era produto de crime contra a fé pública".

De acordo com o presidente, consta ainda uma denúncia envolvendo a empresa Digital Company Consultoria Administrativa, que recebeu no total R$ 60 mil sob contrato para prestação de serviços e jamais realizou qualquer trabalho na Fundação. A denúncia anônima foi encaminhada ao sindicato dos professores. "A APUG reuniu todas as provas que conseguiu e enviou ao Conselho Curador para que este tome as providências necessárias", destacou Paulo Henrique.(Colaborou Mário Canoas)

Mais sobre: contrato irregular, falsificação de documentos, medicina, Unirg, venda de vagas


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