13/04/2011
12.04.2011
Foto: Arquivo/Instituto Dante Pazzanese
Centro cirúrgico da unidade coronariana do Instituto Dante Pazzanese
Dentro de duas semanas começa a maior pesquisa já realizada sobre um novo dispositivo que desobstrui artérias do coração bloqueadas por, no Brasil e em outros 67 centos do mundo.
O implante do stent, que é feito em um material absorvível pelo organismo, é uma opção menos invasiva à ponte de safena, já que será feito por meio de um catéter. A vida útil do dispositivo é de seis meses, após esse tempo, ele começa a ser absorvido pelo corpo, diferente dos dispositivos metálicos utilizados atualmente.
Os stents convencionais, após implantados, permancem no corpo, podendo gerar problemas em novas interveções cardíacas e prejudicar a contração e dilatação dos vasos sanguíneos. Esse dispositivo ainda pode atrapalhar a visualização de artérias coronárias em exames de imagem e causar inflamações, como queloides.
Esse novo dispositivo bioabsorvível é feito de um tipo de polímero e, no início do ano, foi aprovado na Europa, porém, de acordo com especialistas, não começou a ser usado na prática.
De acordo com especialistas brasileiros, as pesquisas sobre o novo stent ainda são pequenas e ainda faltam dados sobre a sua segurança e eficácia.
O estudo vai envolver mil pacientes em todo o mundo. Destes, 50 são brasileiros, que serão avaliados no Instituto Dante Pazzanese, no hospital Albert Einstein e no Instituto do Coração do Triângulo Mineiro, em Uberlândia.
De acordo com o chefe da seção de intervenções em coronárias do Dante Pazzanese, Alexandre Abizaid, se o estudo comprovar que o novo dispositivo possa substituir o stent metálico, será uma nova revolução da cirurgia cardíaca.
O especialista crê que o dispositivo começará a ser usado comercialmente no Brasil daqui a um ano e meio.