No dia 9 de maio, CFM, AMB e FENAM receberam notificação de Medida Preventiva em processo administrativo, instaurado pela Secretaria de Direito Econômico (SDE) do Ministério da Justiça, para investigar a atuação destas entidades médicas nacionais na organização do movimento médico pelo reajuste dos honorários médicos pagos pelas operadoras de planos e seguros de saúde.
O Conselho Regional de Medicina do Paraná publica em jornais de grande circulação do Estado nota de repúdio à censura imposta às entidades médicas na coordenação do movimento em defesa da dignidade da profissão.
No dia 11 de maio, a entidade encaminhou ofício à presidente da República, Dilma Rousseff, em que classifica a medida como "coersitiva, unilteral e draconiana".
No documento, o deputado convoca o ministro da Justiça a comparecer à Comissão de Seguridade Social e Família para prestar esclarecimentos sobre o processo administrativo instaurado.
Parlamentares e representantes de entidades médicas, presentes à audiência pública promovida por três comissões da Câmara dos Deputados no dia 10 de maio, reclamaram das decisões da SDE e encaminharão questionamento ao ministro da Justiça.
Durante a audiência pública, eles contestaram os dados apresentados pela Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde) e demonstraram surpresa com o alto lucro das operadoras.
Em nota, a APM afirma que o movimento médico, que contou com o apoio de órgãos de defesa do consumidor, tem foco estritamente social, visando remuneração digna para os médicos credenciados e referenciados de operadoras de saúde, o fim das interferências no exercício da Medicina e uma assistência médica de qualidade aos cidadãos.