23/10/2006
RAINHA DO SERTÃO
A Faculdade Católica Rainha do Sertão, instituição de ensino superior com sede em Quixadá, se prepara para implantar o curso de Medicina. Mantida pela Diocese local, a instituição de ensino superior funciona desde 2003
Rosa Sá
Da Redação
Está tramitando na Secretaria de Ensino Superior (Sesu) do Ministério da Educação (MEC), em Brasília, o processo da Faculdade Católica Rainha do Sertão (FCRS), solicitando autorização para instalar e colocar em funcionamento o curso de Medicina. Se aprovado, será o 14º curso de gradação da faculdade, que foi fundada em 2003. A instituição tem sede no município de Quixadá, distante cerca de 168 quilômetros de Fortaleza, e é mantida pela Diocese local.
Na faculdade, há cursos de graduação em Biomedicina, Enfermagem, Odontologia, Farmácia, Filosofia, Fisioterapia, Educação Física, Psicologia, Ciências Contábeis, Direito, Economia, Administração e Teologia. Já em relação à pós-graduação, a faculdade oferece especializações em Desenvolvimento Sustentável do Semi-árido; planejamento e Gestão Pública Municipal; Gestão Integrada de Organizações de Ensino e Farmacologia e Toxicologia Clínica.
O bispo de Quixadá, dom Adélio Tomasim, afirma que na condição de reitor da Faculdade Rainha do Sertão, gostaria que o curso de Medicina já pudesse funcionar a partir de 2007. No entanto, além de depender da definição do MEC, ele revela estar ainda em estudo qual será a melhor orientação para a formação de médicos pela instituição, levando em conta as exigências do setor de saúde da região.
Dom Adélio diz que essa caminhada envolve ainda opiniões de médicos de renome em Fortaleza e professores universitários da área, a fim de que o novo curso possa atender necessidades da Medicina. O bispo reitor explica que o campo da Medicina é amplo e que, com freqüência, surgem novas abordagens nessa área. Entre as novidades, destaque para a Medicina Nuclear. Ele informa ainda que os contatos para definir a linha a ser seguida pelo curso também estão sendo buscados no Exterior, a partir de experiências desenvolvidas na Europa e nos Estados Unidos.
"Esse estudo vai nos levar a um caminho certo, porque na minha visão há espaço para a Medicina em qualquer lugar nos dias de hoje, pois é uma área que está sempre progredindo", diz dom Adélio. No caso do curso de Biomedicina, implantado no ano passado, ele lembra que a formação ministrada na faculdade está voltada ao atendimento das vocações locais e regionais para o desenvolvimento da saúde e atendimento das necessidades da população, do mercado profissional e do ensino e pesquisa.