28/10/2013
Governo quebra acordo com base aliada e não com CFM | ![]() |
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Qui, 24 de Outubro de 2013 11:08 |
O Conselho Federal de Medicina (CFM) divulgou nota à imprensa, por meio da qual a esclarece seu entendimento sobre o veto da Presidência da República à Lei do Mais Médicos. Para o CFM, ao promover o veto, o Governo não quebrou compromissos assumidos com os médicos, mas com sua base aliada no Congresso Nacional. Além disso, a entidade garante que continuará lutando por uma carreira de estado e a melhoria da infraestrutura como a solução para a fixação de médicos brasileiros competentes no interior do Brasil. O artigo vetado previa a criação de uma carreira médica específica para os médicos intercambistas participantes do programa. Segundo a Advocacia Geral da União (AGU), o artigo contradiz a legislação vigente, uma vez que “estrangeiros não podem assumir cargos públicos, empregos e funções públicas em razão da inexistência da regulamentação”. Confira abaixo a íntegra da Nota do CFM. NOTA DE ESCLARECIMENTO SOBRE VETO PRESIDENCIAL Como autarquia pública dedicada à defesa da Medicina e da Saúde, o CFM tem buscado conciliar interesses em prol da sociedade e da qualidade do atendimento. Neste sentido, a entidade esclarece que: 1 – Ao promover o veto, o Governo não quebrou compromissos assumidos com o CFM, mas com sua base aliada no Congresso. 2 – No que se refere à reunião mantida com a base aliada do Governo no Congresso sobre a MP 621, o CFM considera que o relator da medida não traduziu da forma correta o ponto especifico da carreira de estado para médicos do SUS. 3 – O vicio de redação não anula, no entanto, o compromisso assumido com relação ao tema, ou seja, implementar essa carreira de estado para os médicos em até três anos. 4 – Cabe agora a base aliada e o governo se entenderem para que seja honrado esse compromisso firmado entre eles e também para que seja aprovado o aumento do financiamento federal para o SUS. 5 – Sem isso, fica prejudicada a solução dos problemas crônicos que afetam a saúde brasileira. 6 – O CFM continuará lutando por uma carreira de estado e a melhoria da infraestrutura como a solução para a fixação de médicos brasileiros competentes no interior do Brasil. Por isso, defende que o mal fadado Programa Mais Médicos não tenha duração maior do que três anos. CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA (CFM) |