Os clínicos são provenientes de todas as escolas médicas do país e concluíram formação superior no último ano letivo.
No entanto, a cerimónia fica ensombrada pela impossibilidade de 113 jovens médicos terem tido acesso à especialidade. “Foram tratados de forma indigna e abusiva por parte da Administração Central do Sistema de Saúde é profundamente lamentável”, criticou Miguel Guimarães, presidente do Conselho Regional do Norte da Ordem dos Médicos. “Não é aceitável a existência de médicos indiferenciados, nem para a qualidade da medicina nem para os doentes”, acrescentou.
Miguel Guimarães entende mesmo que “os jovens médicos prejudicados têm o direito a exigir perante os Ministérios da Educação e da Saúde, o acesso a formação médica especializada, dadas as expectativas criadas perante a sociedade civil, ao fixarem o numerus clausus, num número demasiado elevado para as nossas reais capacidades formativas ao nível das escolas médicas e das unidades de saúde”.
Este responsável está ainda preocupado com os números da emigração entre a classe médica. “Só no primeiro semestre deste ano emigraram 101 médicos em Portugal, dos quais 41 na região Norte”, denunciou.
“É importante que estes jovens que concluíram a sua licenciatura e agora vão receber a sua cédula profissional e iniciar o Internato do Ano Comum sejam acarinhados e motivados para ficar a trabalhar em Portugal, a trabalhar no Serviço Nacional de Saúde”, salientou Miguel Guimarães.
A cerimónia deste domingo será presidida pelo bastonário da Ordem dos Médicos, José Manuel Silva, e pelo próprio Miguel Guimarães. Abrirá com um concerto do pianista Pedro Burmester.