08/06/2012
ESTE ARTIGO FOI ESCRITO EM DEZEMBRO DE 1998
CHEGOU A HORA DESTA LUTA __________________________________________________________________________________
OMB – UMA PROPOSTA EMERGENTE “Se você nunca defende nada, um dia será derrubado, também, por nada.” Na edição anterior do Jamb propusemos abrir efetivamente a discussão sobre a Ordem dos Médicos do Brasil. Não temos dúvida de que isso se encaixa no pensamento e aprovação da grande maioria dos médicos brasileiros pelos argumentos elencados e,principalmente, porque as entidades médicas, hoje divididas e individualizadas, devem se preparar para entrar no próximo milênio, dando uma inequívoca demonstração sincera dos seus propósitos: a de servir exclusivamente a categoria que representam. Antonio Celso Nunes Nassif (Editorial Jamb-Novembro/Dezembro/1998)
(Anônimo)
O individualismo quase sempre egoísta, o desejo de estar no poder ou de querer ser mais forte do que outras, as vaidades pessoais, os interesses de grupos, as influências politico-partidárias existentes em algumas das entidades médicas têm que acabar para daí surgir uma entidade única, autêntica e legítima, dirigida por pessoas sérias e comprometidas com os interesses da classe. Se isso representar corporativismo, que seja, pouco importa, pois não será exceção. Muitas outras categorias profissionais já o praticam até mesmo no Congresso Nacional.
Há que se resgatar a dignidade dos médicos, acabar com essa vergonhosa exploração e comercialização da medicina, exigir o respeito que nossa profissão é merecedora. Uma só voz precisa ecoar firme, forte e representativa na defesa desses princípios, fazendo-se ouvir e ser entendida até pelo mais alto mandatário deste País. Não nascemos fortes, tornamo-nos fortes.
A AMB, a partir de agora consolida essa idéia, ao mesmo tempo em que irmana e divide uma efetiva participação de luta e de sonhos com cada um dos médicos brasileiros, entendendo que só há uma medicina ética, digna e sacerdotal. Basta, portanto, uma só entidade nacional, calcada em estatutos regimentados por uma Lei que tenha no seu contexto integrado, representações em todos os segmentos federativos, estaduais e municipais, eleitas sob uma mesma sigla, com lideranças reconhecidas e respeitadas por todos.
Temos plena consciência do longo caminho a ser percorrido e das dificuldades que serão encontradas. Interesses contrariados e feridos tudo farão para impedir esse desiderato. Mas, entendemos que esta idéia, transformada em meta coletiva de toda a categoria, terá forças suficientes para tudo vencer não importando o tempo que possa levar. Quando concretizada será, com certeza, uma das mais importantes vitórias até hoje já conquistadas pelos médicos deste País.
Presidente da AMB