"Não era a solução que estávamos à espera", afirma o representante dos alunos do 6.º ano de Medicina da FMUC, Fernando Correia. Sublinha que não teve tempo de contactar os colegas, mas conta reagir ainda hoje, em comunicado. "A resposta estruturada deverá surgir só em Setembro, depois de uma Reunião Geral de Alunos", sublinha.

Em declarações à Lusa, o vice-presidente do Conselho Directivo da FMUC, Manuel Santos Rosa, disse que a solução encontrada pelos órgãos da Faculdade foi marcar nova data do exame, na primeira quinzena de Setembro (primeira fase no dia 9 e segunda no dia 16), reduzindo o seu peso na nota final do 6.º Ano, de 30 para 15%. "Atendendo a que o exame de acesso ao internato será em Novembro, foi feito um acerto do exame final do 6º Ano para Setembro, o mais cedo possível, de forma a não colidir com a outra prova", afirmou o responsável. "Esta era uma situação que se achava que devia ser resolvida calmamente, dentro da Faculdade, e que, com bom diálogo com os alunos, seria completamente ultrapassada", acrescentou.

Fernando Correia entende que a decisão do Conselho Directivo da FMUC "dá razão aos estudantes em alguns aspectos" e exemplifica com a redução do peso na nota final. "Não é um exame de avaliação de competências", diz, reiterando que se mantém as premissas que levaram ao boicote.

Os 230 estudantes do 6.º ano de Medicina da UC boicotaram dois exames em Julho, um deles a prova final, exigindo a abolição da mesma, por a considerarem "redundante, excessiva e desnecessária" num ano de cariz eminentemente prático. Na altura, manifestaram-se conscientes de que a sua não realização podia impedir a participação no exame geral, em Novembro, que dá acesso ao internato médico de especialidade.