Escolas Médicas do Brasil

Uncisal quer permanência de hospitais-escolas

 31/10/2008

 

Uncisal quer permanência de hospitais-escolas

16h32, 31 de outubro de 2008

Mais de 250 pessoas, entre funcionários, estudantes e professores da Uncisal e membros da sociedade, se reuniram no estacionamento da instituição na manhã desta sexta-feira, dia 31, com o propósito de difundir informações sobre a transferência dos hospitais-escolas Hélvio Auto (HEHA) e Portugal Ramalho (HEPR) e Maternidade Escola Santa Mônica (MESM) para a administração da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau).

Representantes do Conselho Regional de Medicina, Sindicato dos Médicos de Alagoas, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Alagoas e de outras instituições representativas de classes da saúde estiveram presentes. Paulo Henrique Brêda, diretor da OAB-AL, garantiu que a Ordem está à disposição para “possíveis necessidades que a Uncisal venha a ter” e defende ser legitimo o movimento organizado para a manutenção das unidades hospitalares sob administração da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas. “É preciso mobilizar a opinião pública e os representantes da saúde do estado de Alagoas”, indicou ele.

Universitários, professores, diretores dos hospitais e funcionários da instituição de ensino superior e de saúde se manifestaram e tiveram como ponto comum a união da comunidade Uncisal e a continuidade da mobilização para manter as unidades complementares sob administração da Universidade. O reitor André Falcão reforçou a importância da permanência dos hospitais-escola como unidades da Uncisal e que a questão deve ser tratada com maturidade. “A Uncisal faz parte do governo estadual”, enfatizou o reitor, o que indica diretamente que os hospitais-escola fazem parte da administração do Estado.

A ação dos profissionais e estudantes acontece em decorrência da divulgação na mídia alagoana de que o governador em exercício, José Vanderley Neto, teria declarado que os hospitais-escola da instituição teriam problemas administrativos, além da contrariedade gerada pela possível transferência da administração das unidades hospitalares da Uncisal para a Sesau.

Em coletiva de imprensa realizada na última quinta-feira, dia 30, os diretores dos hospitais defenderam que os serviços assistenciais em saúde da Uncisal são realizados com competência e seriedade. José Carlos Silver, diretor da Maternidade Santa Mônica, especializada em gestações de alto risco, aponta que os índices de resolução (acima de 86%) da unidade que ele gerencia são internacionais.

O pró-reitor de Planejamento e Gestão, Marcus Sampaio, destaca que não faltam medicamentos e materiais nas unidades hospitalares da Uncisal e que as administrações são eficientes. Ele ainda ressalta que, com a recente transferência do setor de licitação da Agesa de volta para a instituição de saúde e ensino, foi dada agilidade aos processos abertos, os quais estão sendo atualizados e concluídos.

Rosimeire Rodrigues, diretora do HEPR, indica que a qualidade da assistência do Portugal Ramalho é nacionalmente reconhecida, estando entre os 25 melhores hospitais psiquiátricos do Brasil e único público. Para Luciana Pacheco, diretora do Hélvio Auto, a atual gestão tem garantido a melhor qualidade em atendimento a pacientes que necessitam de assistência especializada, como é o caso de portadores do vírus da Aids.

Os hospitais da Uncisal fazem parte integralmente do Sistema Único de Saúde (SUS) e contabilizam, juntos, mais de 550 mil atendimentos anuais. A importância desse número se reflete diretamente na denominação hospital-escola, o que representa a formação prática dos estudantes das faculdades de Fisioterapia, Fonoaudiologia, Enfermagem, Medicina, Terapia Ocupacional, Análise e Desenvolvimento de Sistemas em Saúde, Processos Gerenciais em Alimentação, Radiologia e Sistemas Biomédicos da Uncisal.


TAGS