Escolas Médicas do Brasil

Polícia descobre esquema para fraudar vestibulares

 27/11/2009

Polícia descobre esquema para fraudar vestibulares

Advogado cobrava R$ 35 mil para passar respostas via celular

 

16/11/2009 - 21:43

EPTV

Um esquema montado para fraudar vestibulares foi desfeito pela Polícia de Pouso Alegre, no Sul de Minas Gerais, neste domingo (8). Um advogado cobrava R$ 35 mil e prometia fornecer ilicitamente as respostas a candidatos interessados no vestibular de medicina, que foi aplicado nas cidades de Itajubá e Pouso Alegre.

Após receber uma denúncia feita pela mãe de um dos candidatos, a equipe da EPTV e um policial se passaram por candidatos e procuraram pelo advogado Fernando Aparecido Cantarelli, que fazia as negociações da fraude. Ele estava hospedado em um hotel de Pouso Alegre. Durante a conversa com os supostos interessados, Cantarelli disse que se o esquema fosse realizado em São Paulo o preço subiria para R$ 40 mil.

Depois de explicar com detalhes que as respostas eram passadas via telefone celular e que participava de um grupo especializado em resolver questões deste tipo há mais de 20 anos, o advogado, que atua em Caconde, interior de São Paulo, recebeu voz de prisão.

No hotel onde estava hospedado, os policiais encontraram uma agenda com diversos nomes e números de telefone de todo o país. Também foram apreendidos alguns envelopes com chips de celulares.

O advogado negou participação no esquema durante entrevista. Ele teve a prisão preventiva decretada e no levantamento da ficha foi constatado que ele já tinha passagens pela polícia por corrupção e aliciamento de menores.

Investigação

O delegado Bruno Aparecido disse que será investigada também a participação de pessoas das universidades que realizaram o vestibular.

Ninguém da Universidade de Pouso Alegre aceitou gravar entrevista para a EPTV sobre o assunto, mas a assessoria de imprensa da entidade informou que desconhece a participação de funcionários no esquema. Informou ainda que, durante as provas, o material dos alunos (bolsas, mochilas celulares) é deixado na frente da sala e que até a ida dos candidatos ao banheiro é monitorada.

A Universidade Vale do Sapucaí, em Itajubá, informou que vai aguardar a notificação judicial sobre o caso para depois emitir algum comunicado. A universidade também informou que irá apurar o caso com base em dados concretos, para que não haja suspeita sobre a legitimidade do processo seletivo, que é organizado de forma sigilosa e por uma comissão de confiança e com experiência acadêmica.


TAGS