22/11/2011
SEX, 18 DE NOVEMBRO DE 2011 03:46
ESCRITO POR FERNANDO MACHADO
Segundo o presidente do Cremego, Salomão Rodrigues Filho, existem indícios de irregularidades na criação do curso de medicina da Fesurv, que já estão sendo averiguados pelo Ministério Público Federal e pelo Ministério Público de Goiás.
"O Conselho Nacional de Saúde devolveu toda a documentação e já informou que não aprova a criação dessa faculdade em Rio Verde", diz o presidente do CremeGo. Para ele, a aprovação do Conselho Estadual de Educação não é suficiente para o reconhecimento da escola médica.
Conforme explica, o fato da Fesurv cobrar mensalidades dos alunos coloca em xeque o caráter público da instituição. O valor da mensalidade ficará em torno de 3 mil reais. Outro problema, revela Salomão, é a falta de um hospital próprio na instituição.
De acordo com Salomão, a construção do hospital é uma das exigências básicas para a aprovação de um curso particular de medicina. "Os convênios com hospitais públicos já existentes não são aceitos pelo MEC nem pelo Conselho Nacional de Saúde", detalha.
Preocupado com a qualidade do ensino, ele acredita que os formandos em medicina deveriam passar por uma avaliação, assim como ocorre com os bacharéis em direito. O presidente do Conselho também afirma que enxerga com preocupação a abertura desenfreada de cursos e questiona a qualidade do ensino nas faculdades. "O Brasil só tem menos cursos de medicina do que a Índia, que tem mais de 1 bilhão de habitantes. Mais da metade das escolas médicas não têm condições de formar bons médicos", critica.