Escolas Médicas do Brasil

UNINGÁ - Conheça a história do curso de medicina - com informações recentes

 25/08/2011

Conheça a história do curso de medicina da Uningá

Organizado pelo Prof.Dr. Antonio Celso Nunes Nassif

Pedido da Uningá é indeferido

15/01/2007 21h26min: 25
Montezuma Cruz

O Conselho Nacional de Educação indeferiu o pedido da Unidade de Ensino Superior Ingá S/C Ltda. (Uningá) para instalar o curso de Medicina. A decisão foi publicada na página 448 da edição de 29 de dezembro de 2006 do Diário Oficial da União (DOU).

O Conselho Nacional de Educação (CNE) informou, na quarta-feira, que não apenas o curso de medicina da Uningá, mas todos os demais cursos só passam a existir a partir do momento em que o processo for autorizado pelo ministro da Educação, Fernando Haddad. No entanto, o diretor administrativo da
Uningá, Paulo Sérgio Barbosa, observou que a medida publicada no DOU é "apenas um procedimento no processo de autorização”.

O processo da Uningá tem o nº. 23000.019160/2005-41 e registro no Sistema de Acompanhamento de Processos das Instituições de Ensino Superior (SapienS) n° 20050011319.

"Estamos aguardando a possibilidade da sua instalação ainda no primeiro semestre deste ano", comentou Barbosa. O diretor não vê risco para o funcionamento do curso: "O processo não tem falhas, cumprimos os requisitos com 100% de satisfação", disse, sem mencionar detalhes. "Há mais de um ano
nos preparamos e estranhamos que circulem e-mails na internet com informações incompletas, de repercussão negativa e que podem levar a sociedade a interpretar erroneamente o assunto", queixou-se.

A criação de cursos de graduação em medicina também deve ser submetida ser submetida à manifestação do Conselho Nacional de Saúde.
Despacho do ministro Haddad, em 14 de setembro do ano passado proibiu órgãos do Ministério da Educação de aceitar denominações "Faculdades" que incluam as expressões "Uni", "Centro", "Autônomas", porque essas comumente gozam de autonomia universitária.

A Portaria nº. 1752 do ministério, publicada no DOU em 31 de outubro de 2006, instituiu um grupo de trabalho para subsidiar as decisões nos processos de autorização de cursos de medicina, no âmbito da Secretaria de Educação Superior.

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CRM estuda ação contra autorização para curso

25/01/2007 10h39min:
Diogo Dreyer

O Conselho Regional de Medicina do Paraná (CRM-PR) informou ontem que poderá ajuizar uma ação na Justiça contra uma liminar que concedeu à Unidade de Ensino Superior Ingá (Uningá), de Maringá, autorização do Ministério da Educação (MEC) para o funcionamento do curso de medicina. A Uningá noticiou que serão abertas cem vagas por ano e a primeira turma vai iniciar os estudos já em 2007. O custo da mensalidade: R$ 2.978,40.

“Estamos perplexos com a decisão da Justiça Federal. Vamos decidir em uma reunião hoje (ontem), com o setor jurídico, se o CRM ingressa ou não com uma ação contra esse absurdo”, disse o presidente do órgão, Hélcio Bertolozzi Soares. No final do ano passado, o Conselho Nacional de Educação (CNE) havia indeferido o pedido da instituição para o funcionamento do curso. “A Justiça atuou cautelando direito de investidores para conceder a liminar. Basta ver que com cem vagas por ano a quase R$ 3 mil, há por trás muitos interesses financeiros e poucos interesses públicos.”

Soares chama atenção ainda para a falta de estrutura que o curso apresenta como a falta de um hospital conveniado com a faculdade para que os alunos atuem. “Se toda a instituição que quiser abrir um curso for buscar na Justiça a autorização, o poder público vai ser desautorizado a supervisionar o setor. E no caso da medicina, isso fica ainda mais grave por tratar diretamente com a vida humana”, criticou o presidente do CRM.

O Departamento Jurídico do MEC informou que também está tomando as medidas jurídicas cabíveis e, caso a antecipação de tutela seja suspensa, o curso será desautorizado. As inscrições para o vestibular da Uningá estão abertas e devem ser feitas até primeiro de fevereiro. A instituição informou que não irá se manifestar sobre o assunto.

Mais cursos

Segundo um levantamento do site Escolas Médicas (www.escolasmedicas.com.br), que se dedica a contestar a propagação de cursos no País, existe articulações no MEC e no CNE para a criação de novos 107 cursos no Brasil, sendo dez no Paraná (em São José dos Pinhais, Guarapuava, Apucarana, Pato Branco, Londrina, Arapongas, Ponta Grossa, Foz do Iguaçu, Umuarama, Paranaguá, Palotina ou Toledo).

“O CRM é contra a abertura de mais cursos. Se trata de uma mercantilização da profissão, que não irá resolver nenhum problema na saúde brasileira, ainda mais porque as escolas se empenham em maior quantidade do que qualidade, devido aos altos preços das mensalidades”, acusa Soares.
Fonte: CRMPR
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Uningá abre curso de Medicina


25/01/2007 10h51min: 38

A Unidade de Ensino Superior Ingá (Uningá) divulgou ontem em sua página na internet que obteve autorização do Ministério da Educação (MEC) para o funcionamento do curso de Medicina. A instituição noticiou que vão ser abertas cem vagas por ano e a primeira turma vai iniciar os estudos já em 2007. As inscrições para o vestibular estão abertas e devem ser feitas até o dia primeiro de fevereiro. As provas serão realizadas no dia 3, às 14 horas. As informações sobre o concurso estão disponíveis no site da instituição (www.uninga.br).
No final do ano passado, o Conselho Nacional de Educação havia indeferido o pedido da instituição para o funcionamento do curso. De acordo com o secretário de Educação Superior do MEC, Manuel Fernando Palácios Melo que assinou a portaria publicada ontem no Diário Oficial da União com a autorização do curso, a medida só foi tomada em decorrência de uma liminar obtida na Justiça Federal.
Palácios ressaltou que o caso foi encaminhado ao Departamento Jurídico do MEC. \ “Estamos tomando as medidas jurídicas cabíveis e caso a antecipação de tutela seja suspensa, o curso será desautorizado \”, disse. O secretário avaliou a decisão judicial como uma inversão dos princípios que regem a educação no Brasil. \ “Se todas as instituições dispostas (a abrir cursos) forem buscar na Justiça a autorização, o Poder Publico estará desautorizado a supervisionar e regular o setor\”, considerou. Palácios adiantou que nas próximas semanas o MEC deverá publicar novas regras para avaliação dos cursos de Medicina e Direito. \ “O objetivo é elevar a qualidade desses cursos. Para isso, as regras do setor precisam ser aprimoradas, tornando-se mais rigorosas. \”.
Segundo o secretário, a Uningá teria sido informada pelo MEC de que os novos critérios estavam em fase de elaboração. Mas a instituição, segundo Palácios, insistiu que a decisão fosse tomada sem os novos critérios. \ “O MEC defende o interesse público, procurando garantir a qualidade dos cursos de graduação do País. Mas a Justiça, nesse caso, atuou cautelando um direito de investidores\”, considerou Melo.
A reportagem tentou contato com a Uningá, mas foi informada de que as únicas informações disponíveis para a imprensa são as publicadas no site da instituição.

Fonte: MEC
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Justiça autoriza abertura de curso de Medicina em Maringá

27/01/2007 Andye Iore (Gazeta do Povo)

Liminar garante realização do vestibular

Maringá – A Unidade de Ensino Superior Ingá (Uningá) conseguiu uma liminar na Justiça que autoriza a instituição a ofertar 100 vagas no vestibular para o curso de Medicina em Maringá, no Noroeste do Paraná. O Ministério da Educação (MEC) anunciou nesta semana que vai tentar todos os recursos para reverter a situação, baseado na nova política sobre regulamentação de cursos implantada no ano passado, que tem critérios mais rigorosos, visando melhorar a qualidade de ensino no país.

O Brasil tem aproximadamente 150 cursos de Medicina. “O nosso objetivo é que estes cursos tenham uma qualidade elevada”, declarou o secretário de Educação Superior do MEC, Manuel Fernando Palácios, em Brasília. “A profissão de médico não pode ser deixada a critério de interesses de proprietários dos estabelecimentos”, argumentou. O MEC repassou todas as informações sobre o caso nesta semana para a Advocacia Geral da União, que deve entrar nos próximos dias com um recurso. Palácios comentou que a Uningá não respeitou os critérios para avaliação de implantação de cursos no país e conseguiu tudo na Justiça, desde a avaliação das condições estruturais até a oferta de vagas no vestibular. A reportagem entrou em contato com a direção da Uningá por três vezes ontem, mas não obteve retorno.

Palácios comentou que espera que uma instância judicial superior reveja esta situação para evitar um precedente que possibilite a abertura de cursos sem a avaliação do MEC, o que colocaria em risco a qualidade do ensino.

A instituição maringaense oferece 12 cursos na área de saúde e anuncia em seu site – www.uninga.br – a realização do vestibular para o dia 3 de fevereiro, com as inscrições podendo ser feitas até o dia 2 de fevereiro, ao custo de R$ 50 a inscrição. O curso de Medicina oferece 100 vagas em período integral para a primeira turma, com duração do curso de 6 anos e uma mensalidade de R$ 2.978,40. A Uningá teria solicitado a abertura do curso ao MEC há mais de um ano e Palácios, obrigado pela Justiça, assinou em 19 de janeiro a portaria de número 45, autorizando o funcionamento do curso.

Até então, havia Medicina somente na Universidade Estadual de Maringá (UEM), onde o curso existe desde 1988 e é o mais concorrido nos vestibulares, com 168 candidatos por vaga no vestibular de inverno realizado em julho do ano passado. A UEM oferece 40 vagas anuais – 20 a cada vestibular – e já formou 259 acadêmicos em Medicina até o ano passado.
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Portaria autorizando o curso de medicina da UNINGÁ/MARINGÁ/PR

25/01/2007 16h29min: 12

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
SECRETARIA DE EDUACAÇÃO SUPERIOR

PORTARIA Nº. 45, DE 19 DE JANEIRO DE 2007.

O Secretário de Educação Superior, Substituto, usando da competência que lhe foi delegada pelo Decreto n.º5773, de 09 de maio de 2006, e tendo em vista a decisão na Ação Ordinária nº. 2006.34.00.036016-7, bem como o Despacho n.º 166/2007, do Departamento de Supervisão do Ensino Superior, conforme consta do Processo n.º 23000.019160/2005-41, Registro Sapiens n.º 20050011319, do Ministério da Educação, resolve:

Art. 1º Autorizar o funcionamento do curso de Medicina, com 100 (cem) vagas totais anuais, no turno diurno, em turmas de, no máximo, 50 (cinqüenta) alunos, a ser ministrada pela Faculdade Ingá, na Avenida Colombo, n.º 9727. Parque Industrial Bandeirantes, na cidade de Maringá, Estado do Paraná, mantida pela Unidade de Ensino Superior Ingá S/C Ltda., com sede na cidade de Maringá, Estado do Paraná.
Art. 2º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

MANUEL FERNANDO PALÁCIOS DA C. MELO.
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31/01/2007 17h01min: 23 Fonte INEP

Faculdade Ingá – UNINGÁ

Curso: Medicina (Sub Judice)

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Diploma(s) Conferido(s):
Bacharel

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Modalidade:
Ensino Presencial

Data de início do funcionamento do curso:


Prazo para integralização do curso:


Carga Horária Mínima do Curso:


Regime Letivo:
ANUAL
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Turnos de Oferta: Integral

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Vagas Autorizadas:
Diurno: 100

Dados Legais

Dados de Criação/Autorização:

Documento:
Portaria SESu (sub judice)

Nº. Documento:
45 de 19/01/2007*

Data de publicação:
23/01/2007

No. Parecer / Despacho:
166/2007 SESu

Data Parecer / Despacho:
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Dados de Reconhecimento:

Documento:

Nº. Documento:
Data de Publicação:

Período de Validade:
No. Parecer / Despacho:

Data Parecer / Despacho:
Data Final:

Fonte: INEP
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Justiça suspende autorização de curso de medicina na Uningá

SESu - Secretaria de Educação Superior

23/04/2007 18h30

Com decisão judicial do Tribunal Regional Federal, da 1ª Região, o Ministério da Educação obteve, nesta segunda-feira, 23, a suspensão da liminar que autorizava o funcionamento do curso de medicina da Unidade de Ensino Superior Ingá (Uningá), em Maringá (PR).

Em janeiro, quando o MEC implantava nova política de regulamentação de cursos, com critérios mais rigorosos, a Uningá conseguiu, sem avaliação do MEC, uma liminar na justiça que autorizava a instituição oferecer 100 vagas no vestibular para o curso de medicina.

Gláucia Magalhães
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Curso de medicina da Uningá Maringá

Trechos retirados do Diário Oficial da Justiça de 25/04/2007 que publicou a determinação judicial

suspendendo o curso de medicina da Uningá. ---
-* (...) A falta de hospital conveniado descredencia a instituição para oferecer curso de medicina (...).
-* (...) O perigo imediato consiste no empréstimo da credibilidade Federal para a arrecadação de mensalidades de
universitários que se matriculam num curso CUJAS PERSPECTIVAS SÃO NULAS (...).

-* (...) Ao longo do tempo, pode se ter uma legião de estudantes formados que se desejarão praticar a medicina com base
em diploma condicional expedido em faculdade que parece CARECER DE CONDIÇÕES TÉCNICAS PARA ENSINAR A ARTE DA
MEDICINA (...) * (do Diário de Maringá). (os destaques em letras maiúsculas são nossos)
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Uningá vai recorrer da decisão judicial

26/04/2007 10h58min: 14
Elizangela Wroniski

Esta semana o Ministério da Educação (MEC) conseguiu derrubar na Justiça uma liminar que autorizava a Unidade de Ensino Superior de Maringá (Uningá), a manter em funcionamento o curso de Medicina. Segundo o diretor administrativo da instituição, Paulo Sérgio Barbosa, a unidade vai recorrer e as aulas serão mantidas.
Segundo informações da Secretaria de Educação Superior (Sesu) do MEC, em janeiro o ministério começou a implantar a nova política de regulamentação de cursos, com critérios mais rigorosos. Nesse período, a Uningá conseguiu uma liminar na Justiça, obrigando o MEC a autorizar a instituição a oferecer 100 vagas no curso de Medicina, mesmo sem a avaliação do MEC. No entanto, o ministério recorreu na última segunda-feira ao Tribunal Regional Federal da 1.ª Região e conseguiu a suspensão da liminar.
Segundo o diretor do Departamento de Supervisão de Educação Superior, Mário Pederneiras, devido à mudança nos critérios de avaliação para abertura de cursos, o MEC ainda não dispunha em janeiro de elementos suficientes para formalizar seu parecer.
Além disso, assim que a instituição entrou na Justiça o processo foi encerrado no MEC. No entanto, uma decisão final sobre a autorização do curso só será conhecida quando a Justiça analisar o mérito da questão. No final do ano passado, o Conselho Nacional de Educação (CNE) já havia dado um parecer contrário à instalação do curso. A falta de estrutura havia sido apontada como um dos problemas. No entanto, Barbosa diz que a Uningá cumpriu todos os requisitos. Ele explica que o entrave se deve apenas a questões administrativas.
A instituição foi comunicada ontem sobre a suspensão da liminar e uma equipe de advogados da Uningá estava em Brasília, para recorrer da decisão do TRF.
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Nota do Coordenador deste site: É inacreditável que uma instituição que se propõe a ensinar a arte da medicina engane, de maneira tão inconseqüente, 100 jovens que sonhavam e ainda sonham em ser médicos. A ganância pelo dinheiro, representado nas matriculas e mensalidades, foi, sem dúvida alguma a maior causa. A Uningá sabia, antecipadamente, que o curso havia sido recusado por falta de estrutura, e mesmo assim insistiu usando inusitadamente uma liminar para abrir matricula e iniciar o curso. Sabia também, que o MEC havia entrado na Justiça para derrubar tal liminar (me perdoe sua Excelência, o senhor juiz que deu a liminar, como pode despachar um documento deste, desconhecendo que seria a primeira vez na história do ensino superior brasileiro, a se criar um curso dessa maneira. Que precedente irreparável estaria ele criando!) Felizmente, a Justiça fez valer o bom senso.
O que é lamentável, agora, é o fato da Uningá se recusar a obedecer a Lei e querer continuar as aulas. Será que não está vendo a angústia e o abalo moral que atingiu os acadêmicos? Com que tranqüilidade e vontade os terão para assistir as aulas? Há que se exigir, sem demora, da Uningá, ressarcimento financeiro, danos morais e psicológicos, e uma punição exemplar por parte das autoridades competentes. .
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Uningá mantém curso de Medicina aberto


Juliana Daibert


Mesmo impedida pela Justiça de ministrar aulas de Medicina desde o dia 25 de abril, a Uningá mantinha até ontem o curso em funcionamento. "Não suspendemos as aulas em nenhum momento e não há qualquer orientação nesse sentido", limitou-se a dizer o diretor administrativo da instituição, Paulo Barbosa.

O diretor pediu que perguntas sobre o caso fossem enviadas por e-mail, mas até o fechamento da edição ele havia encaminhado as respostas. A secretária de Barbosa informou que ele ficou em reunião com outros diretores durante todo o dia.

Por meio da assessoria de imprensa, o MEC informou que a instituição de ensino já foi notificada da decisão judicial e que aguarda o cumprimento dela, ou seja, a suspensão das aulas. Em caso de descumprimento, o ministério vai encaminhar um pedido de abertura de processo administrativo.

Uma acadêmica de Medicina, que pediu para não ser identificada, disse que a instituição entrou ontem em recesso até que a batalha jurídica seja finalizada. Reportagem de 29/05/2007
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Uningá suspende Medicina, diz MEC


Por decisão da Justiça, a Unidade de Ensino Superior Ingá (Uningá), de Maringá, suspendeu as aulas do curso de Medicina, que funcionava com base em liminar, derrubada após recursos do Ministério da Educação (MEC). As informações são do site do próprio ministério (www.mec.gov.br).

A decisão do Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª Região foi tomada em 13 de abril, mas o curso funcionou normalmente até segunda-feira passada, quando as aulas foram interrompidas. Além do TRF, o Ministério Público da União em Maringá recomendou à instituição de ensino que suspendesse as aulas.

Para ter autorização de funcionamento, as instituições precisam passar por avaliação do MEC. No caso da Uningá, o processo de avaliação não estava concluído quando o curso começou a funcionar sob força de liminar. De acordo com o advogado do MEC, Cleucio Nunes, o caso poderia abrir precedentes para outras faculdades funcionarem sem autorização. A Uningá entrou com pedido de reconsideração no TRF, ainda não julgado.

A reportagem de O Diário tentou contato com a direção da Uningá, mas as ligações não foram atendidas.

Reportagem do dia 01/06/2007
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Cidades Diário do Norte do Paraná - Maringá

Alunos de Medicina da Uningá querem dinheiro de volta

"Caímos em um engodo", desabafa Ester Elizabete Costa, de 48 anos, mãe de uma aluna do curso de Medicina da Uningá. Ester pagou cerca de R$ 10,6 mil de mensalidades. O curso de Medicina da instituição foi aberto neste ano através de uma liminar na Justiça, porque o Ministério da Educação e Cultura (MEC) não havia dado aval. A liminar foi derrubada e o curso está paralisado. Um grupo de dez pais de alunos foi na noite de sexta à Uningá e não conseguiu falar com o diretor. "Queremos o dinheiro de volta", diz Ester.
A direção da faculdade não foi localizada na manhã de ontem para comentar o caso.
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OPINIÕES DE LEITORES DO JORNAL - DIARIO DO NORTE DO PARANÁ
Curso de Medicina
Jorge Caldas - Campo Grande (MS)
A quem interessa o fim do curso de Medicina da Uningá? Um ato administrativo do MEC e interesses escusos podem prejudicar cem acadêmicos que lutaram e estão residindo em Maringá, vindos de diversas localidades do Brasil, cheios de vontade de tornarem-se médicos. O estranho é que matéria veiculada na imprensa local noticia que o Hospital Municipal está necessitando de médicos para atender a comunidade. Tudo não passa de política e inveja de outras instituições interessadas. No final, quem perderá com o fim do nobre curso será a cidade de Maringá.
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Curso de Medicina
Carlos Eduardo Soares - Farmacêutico - Maringá
O fim do curso de Medicina da Uningá interessa à saúde pública e aos universitários, que estão matriculados em um curso, cujas perspectivas podem se tornar nulas. Processos na Justiça podem levar anos para serem julgados, prazo suficiente para que estudantes ingressem na instituição, formem-se e busquem exercer a Medicina com base em diploma condicional, expedido por uma faculdade que não possui condições, já que o curso foi indeferido pelo Ministério da Educação. A instituição precisa se convencer de que para criar um curso tem que atender aos pré-requisitos mínimos necessários à oferta do ensino de qualidade, aceitando a aplicação dos mecanismos de avaliação.
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Curso de Medicina
Maria Aparecida de Castro - Professora universitária - Jandaia do Sul
O governo possui legislação de controle da abertura de novos cursos, mas nem sempre é cumprida pelas instituições que, muitas vezes, contornam a situação irregular para ganhar tempo e criar fatos consumados. A educação, em especial na área da saúde, tem sido chamada a dar conta de projetos políticos com vistas ao desenvolvimento nacional. Assim, prevalece o conceito de que níveis melhores de educação e saúde são essenciais para o desenvolvimento econômico. Se sociedade, governo e Justiça não intervirem no curso de Medicina da Uningá, a qualidade do ensino ofertado estará comprometida, o que se reveste em um problema social.
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Curso de Medicina
Andreia Machado - Professora - Maringá
O fechamento do curso de Medicina da Uningá suspende um curso importante, já que temos carência de médicos para o atendimento do Sistema Único de Saúde, conforme tem se comprovado através da baixa procura nos concursos públicos das prefeituras. Mas uma coisa é certa, precisamos de faculdades que tenham condições técnicas para ensinar a arte médica, com base em pareceres do Ministério da Educação, e não da Justiça.

Precisamos de novas regras que gerem efeito sobre a qualidade do ensino, mas para isso a sociedade civil não deve permanecer insensível e admiravelmente passiva diante da incapacidade de superarmos esses problemas. Há mais de 50 anos, Monteiro Lobato dizia que só se constrói uma nação com homens e livros. Acho que ainda não entendemos essa mensagem.
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Curso de Medicina
Antonio Carlos Lopes - Advogado - Maringá
O fato de a Uningá não suspender as aulas do curso de Medicina, descumprindo a suspensão de segurança, é um problema angustiante, pois esse ato poderá se converter em perdas e danos irreparáveis para os alunos. É inconcebível que uma instituição que se propõe a educar para cidadania arroste a ordem judicial, desrespeitando-a acintosamente, através da utilização de artifícios escusos. Não há verdadeiro compromisso com a educação e com a sociedade sem o cumprimento dos próprios deveres e das obrigações institucionais.
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Curso de Medicina
José Olavo de Almeida - Administrador - Maringá
Observa-se que a Uningá, sobrepondo ao interesse público, utilizou do Judiciário para exercer funções executivas. Dessa forma, distorceu os valores socialmente importantes, inserindo os alunos em situação vulnerável e perigosa, já que a autorização de um curso de Medicina envolve análise profunda de padrões mínimos de qualidade, cujo exame superficial realizado pela Justiça, expedido através de liminares, não é o meio mais adequado.
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From: Regina Lanuti Yashi
To: dejur@crmpr.org.br
Cc: diretoria@crmpr.org.br
Sent: Tuesday, April 24, 2007 3:17 PM
Subject: Informação


Prezado(a) Médico,

 

Há muito tempo as entidades médicas tentam incluir na agenda das políticas públicas as questões da avaliação, autorização de novos cursos de medicina, o número de médicos que se formam ano a ano e principalmente a qualidade do ensino ofertado.

Com a expansão de cursos de medicina, ocorridas na última década, a questão da qualidade, sem dúvida, é crucial porque a manutenção de cursos de baixa qualidade reveste-se de um ato prejudicial à sociedade.
O empenho na qualidade da formação na área da saúde deve ser uma bandeira de toda a sociedade. As instâncias políticas e judiciárias decisórias estão se despertando para esta situação, como exemplo a Suspensão da autorização do Curso de Medicina da Faculdade Ingá de Maringá (Uningá), conforme publicado ontem (23/04/2007) no site do Ministério da Educação,
http://portal.mec.gov.br/index.php?option=content&task=view&id=681&Itemid=6997Informações (Ministério da Educação) Prof. Ronaldo Mota (061) 2104-8493, Prof. Mario Perdeneiras (061) 2104-8056 ou Assessoria de Imprensa (61) 2104-9171.
Esse é um assunto complexo e delicado, pois o prejuízo do fechamento do Curso de Medicina da Uningá é muito grande para a comunidade e, principalmente, para os acadêmicos. Sonhos frustrados, esperanças destruídas, insatisfação com a dura realidade... e agora? Qual será a posição desta Instituição de ensino que agiu com imprudência e parece não ter limites, sejam morais, inclusive no que concerne ao princípio constitucional da moralidade, seja no âmbito da legalidade? Que instituição é esta que implantou um curso de tanta responsabilidade sem avaliação prévia do Ministério da Educação?
Precisamos nos proteger! Lutar pela proibição da abertura de cursos de Medicina sem qualidade, lutar por uma Medicina ética, com qualidade e compromisso social.

Regina Lanuti Yashi
Psicologa

Rua Bragança, 1008 - Jadim Universitário. Maringá - Pr


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