15/05/2008
Após citar o caso da UESPI, onde um professor 20 horas ganha menos que R$ 600, ele criticou a forma como os professores são tratados nas universidades públicas pelo governo do PT.
Mão Santa lembrou que fez graduação em medicina em universidade pública e pós-graduação em hospital público. Mas, segundo ele, não há como um estudante humilde ter a mesma trajetória por que a decadência das universidades públicas faz as faculdades se destacarem no curso de medicina, cobrando mensalidades de até R$ 4 mil. “Olha a realidade, Uespi, havia 36 campi universitários e baixaram para 18. Entravam de 13 a 14 mil no vestibular e baixaram para três mil. E as faculdades só crescem A esperança dos pobres de serem médicos está diminuindo”.
Ele lamentou que os professores da Universidade Estadual do Piauí estejam em greve desde o início de março, pleiteando um piso para a categoria de R$ 1.703, que é negado pelo governador Wellington Dias. “Este é o país, esta é a maneira como os professores são tratados, este é o governo do Partido dos Trabalhadores. Os professores da universidade, Mário Couto, estão pedindo R$ 1.703. E o Governo do PT não arruma esse dinheiro. Arruma para mensalão, para cacarejar, para botar aloprado”, criticou o parlamentar.
Dados do Ministério da Educação e Cultura (MEC) foram apresentados pelo senador para comprovar a decadência da instituição. “A Uespi era pequenininha. A maior expansão universitária não foi do Brasil, não, foi do mundo; foi no nosso Governo. Em 1990, o MEC botou as dez melhores universidades. Das dez melhores universidades, Mário Couto, sete eram públicas e três eram privadas. Em 2000, eu era Governador do Piauí e inverteu-se: das dez melhores, três eram públicas e sete eram privadas. E das três públicas, a do Piauí estava no meio, a UESPI, que tinha 66 mil alunos, trinta e seis campos avançados, no vestibular entravam mais de doze mil e reduziu para um quarto”, ressaltou.